quarta-feira, 21 de abril de 2010

Meus Poemas

Ilusão
Iludir-se com palavras, 
Meias verdades
Viver uma falsa realidade
É contentar-se em fantasias, devaneios
Nem sempre tudo é o que parece
A imaginação nem sempre prevalece
A presente imaginação
Do que lhe preza e lhe apraz
Te traz uma realidade ausente
Vulnerabilidade, Dor, Piedade!
A pior ilusão é aquela que ilude por si própria

Iludir-se-à todo aquele 
Que acredita dissimuladamente
Não estar iludido
Quando ludibriadamente
Vive uma ilusão.
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Sinto o licor da felicidade
Escorrendo pelos meus olhos
Espalha-se pelo chão
Uma garrafa de vinho quebrado
Sinto que caminho incertamente
Com passos tontos...
Estou entre o acaso e o nada...
A ausência da felicidade
E a presença da tristesa e solidão
Numa bela garrafa de um bom e antigo vinho
Onde afogo minhas dores, mágoas e desilusões
De minhas noitadas festivas inconsequentes
Vejo como em câmera lenta
Minha mórbida vida
Passando entre os meus olhos
Não sonho, porque toco e vejo
Tudo o que eu era e tudo o que sou
Sou um boêmio, sou um poeta
Na embreaguez da vida incerta
Busco uma certeza
Que talvez sóbrio eu já esteja.

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Ao mesmo tempo que o tempo passa
Não passa o tempo pra quem espera o tempo passar

O nada te lembra tudo
E tudo que você vê, não te lembra nada
Não parece nada...
Pensamentos vem e vão, fumaça que se dissipa no
sopro do vento
É certo que o tempo passa, tudo está parado?

As nossas mentes rompem a realidade
A espera que faz penetrar a ansiedade
Almejar que algo aconteça ou que alguém apareça
Fico estagnado por esse momento avassalador

Sabemos que é cíclico esperar algo
Só não sabemos como esperar "O inesperado"
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Quem será você que vem de dentro dos meus sonhos
Que causa-me noites de insônia
Será um amor que reencarnou da outra vida
Porque nesta vida que vivo não amei ninguém
Ânsia, medo que me apavora em meus dias e eu me
tranco dentro de mim
Sem amor, vida vulnerável,
Fantasias que eu mesmo as desconheço.

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Morena
Morena dos olhos claros
Cabelo contra o vento
Suas espáduas nuas sensualizam
Excitando a volúpia e o desvario
O seu corpo delgado inspira pecado
Quero sentir no dulçor dos teus lábios
Uma dúbia sensação
Será real ou ilusão
Esse meu ardente desejo
Essa sua vorável sedução.

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Na calada da noite ensolarada
Mais um dia renasce com o sol se pondo
O azul ferrete do mar reflete no céu
Na penumbra do meu quarto escuro
Penso enquanto durmo e quando acordo
Sonho com algo que realizei a muito tempo atraz
Vejo um fogo se alastrando no fundo do mar
Nas noites de chuva caminho pelas ruas
entre a multidão
Que se molha debaixo dos seus cobertores
em suas casas
Utimamente estou me sentindo um peixe engaiolado
Tudo me parece tão contraditório
Que me despeço sem antes terminar...

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Gosto de abraço apertado,
Beijo demorado,
Ter prazer em dizer que esta com saudade,
De dar carinho depois do prazer,
De se perder olhando nos olhos,
Gosto da respiração ofegante e do calor do seu corpo,
Gosto da entrega sem medo,
De se envolver com desejo,
Simplismente... me sentir Amado e Amar você!


                                                         
                                                     By Marcos Alves

Um comentário:

  1. Muito bom seus poemas meu velho, esse da Morena eu me lembro que li, a uns dois anos atrás.

    Com esses poemas de Arlequim, vc pode conquistar quem vc quiser..rs


    Abraços!!!

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